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Editores criam página no Facebook para construir biografia pirata de Caetano Veloso

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Na onda da polêmica sobre as biografias não autorizadas, dois editores decidiram abrir uma página colaborativa no Facebook para criar uma biografia do cantor baiano Caetano Veloso. Definida como “a mais pirata e coletiva biografia não autorizada de Caetano Veloso”, a pagina reúne fotos, entrevistas, links para reportagens e quaisquer dados sobre o artista que qualquer pessoa queira compartilhar.

Em entrevista ao jornal O globo, Ricardo Giassetti, que criou o espaço com Danilo Corci, sócio dele na editora MojoBooks, afirmou que “não criamos a página para tirar sarro do Caetano. Queremos reconstruir a vida dele na timeline, organizar tudo e lançar uma biografia não autorizada em forma de e-book gratuito”.

Entre o material já disponível na página estão fotos de Caetano em eventos sociais, a famosa briga durante a separação dele de Lavigne, uma capa do casal na revista Caras. Até agora, apenas uma publicação foi censurada pelo Facebook: uma foto de nu frontal do artista, feita na década de 1970.

Um pernambucano já escreveu uma biografia de Caetano Veloso. Em 1993 o jornalista e crítico musical Heber Fonseca lançou Esse cara, que reunia entrevistas do artista em rádios, TVs e jornais, além de dados biográficos e depoimentos. Esse cara hoje está fora de catálogo, mas pode ser encontrado em sebos virtuais.

Por dentro do assunto

Encabeçada pela produtora cultural Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso, a entidade Procure saber vem defendendo um tema bastante espinhoso: o direito de autorização do biografado para a publicação de uma obra sobre a vida dele. Ou seja, a censura prévia.

A entidade engloba nomes como o próprio Caetano, Roberto Carlos (que censurou a inofensiva e elogiosa biografia feita por Paulo César Araújo), Chico Buarque, Gilberto Gil, Djavan, entre outros.

A celeuma gira em torno do artigo 20 do Código Civil, que permite a proibição de biografias sem autorização, o que leva quase sempre o impasse para a Justiça, e os projetos de lei que pedem o fim desta censura prévia.

O debate hoje envolve muita gente, com destaque para a sempre assertiva Paula Lavigne, que chegou a escrever que escritores ganhavam fortunas em cima de seus biografados e pegou uma briga feia com a colunista Monica Bérgamo pelo Twitter.

Biógrafo de Clarice Lispector, Benjamin Moser deu uma reposta belíssima ao Procure saber em artigo publicado na Folha de São Paulo. Vale a pena a leitura. Alceu Valença também escreveu um bom texto em sua página do Facebook, defendendo as biografias, autorizadas ou não. Ainda tem muito pano para manga.


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